Na quinta (17/08), durante a recepção ao ex-presidente Lula na Estação do metrô no Campo da Pólvora, defronte ao Fórum Ruy Barbosa, um grupo de aproximadamente dez militantes contrários à realização do evento, empunhavam faixas que pediam intervenção militar no Brasil e bradavam, usando uma caixa de som, “que petistas, representantes dos diversos segmentos dos movimentos sociais e os vermelhos presentes eram ladrões”.

Ao iniciar o deslocamento da multidão de apoiadores de Lula, um grupo mais à frente percebeu que um homem entre os "antiLula" estava portando arma de fogo e uma viatura da Polícia Militar presente no local foi acionada. Nesse momento, o referido cidadão que pedia intervenção militar, ao perceber a aproximação da Van que transportava o ex-presidente Lula, sacou a arma e passou a ameaçar os apoiadores de Lula, entre os quais, trabalhadores e diretores do Sindipetro Bahia, instante em que foi ouvido barulho idêntico ao de um disparo de arma de fogo.

Imediatamente, aproximou-se um grupo de policiais militares, entre eles o Major Comandante do policiamento do evento, que após a aglomeração de muitas pessoas que exigiam a prisão do homem armado, deu voz de prisão, sendo este e seus acompanhantes conduzidos no camburão da PM.

Com o intuito de acompanhar o procedimento policial na DP/Central de Flagrantes, o Diretor Jurídico do Sindipetro Bahia, advogado Jairo Batista e o advogado criminalista, Dr. Constantino Palmeira, compareceram e permaneceram na referida DP até a sua conclusão. Por fim, o delegado plantonista  determinou a apreensão da arma apresentada pelo policial civil e filiado ao PSC, Adjalbas Pereira Sousa, efetuando o devido registro e informando o fato à Corregedoria de Polícia Civil.

Fato que deve ser ressaltado e retificado é que o Diretor Jurídico do sindicato, Jairo Batista, advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB-BA, não foi conduzido à DP, tampouco foi detido; dirigiu-se à Delegacia para representar o Sindipetro Bahia, bem como  para acompanhar a regularidade do procedimento em face do conduzido ser um policial civil.

Logo após, na entrada de torcida visitante da Arena Fonte Nova, próximo ao Dique do Tororó, acontecia uma concentração de aproximadamente 30 manifestantes "antiLula". O referido grupo tentou inflar um boneco e utilizou-se de um carro de som para amplificar as provocações dirigidas aos grupos que estavam ali para recepcionar o ex-presidente Lula, gritavam palavras de ordem: "apoiadores de ladrão, ladrão é!!".

Alguns populares e vendedores ambulantes que passavam pelo local afirmaram que existiam homens armados entre os "antiLula", bem como após a notícia da atuação da polícia militar no Campo da Pólvora, eles guardaram suas armas  nos carros estacionados nas proximidades, o que impossibilitou a realização do flagrante de um número maior de manifestantes "antiLula".